quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Puxada de cavalos

Onca realiza protesto em Pomerode contra a puxada-de-cavalos!


Ciclistas de Apucarana (PR) aderindo ao protesto


Protesto em Santa Catarina denuncia a humilhação e a crueldade da puxada-de-cavalos

Ativista do Onca
No domingo, dia 13/11, o grupo Onca esteve presente na cidade de Pomerode (SC), a 166 km da capital Florianópolis, para protestar contra a realização da chamada ‘puxada-de-cavalos’, competição que obriga cavalos a arrastar uma carreta sem rodas, com pesos que variam entre 1 mil e 2,5 mil kg por um percurso de 24 metros, numa pista improvisada de lama, submetendo os animais a sofrimentos extremos.
Antes mesmo das competições –que acontecem anualmente-, os animais passam por treinamento, para que os animais se tornem “competitivos”, onde são surrados e ameaçados para que se submetam aos esforços de puxar os pesos. Tal acontece nos treinamentos em circos, os cavalos são condicionados a puxar ao ouvir o som de uma sineta.

Informando os veículos, antes e depois do evento
Ativistas do Onca enfrentaram mais de 400 km de estradas e mais de 7 horas de viagem para somar esforços contra esta crueldade e em solidariedade à violência sofrida por membros de entidades da região, quando quatorze manifestantes foram brutalmente agredidos pelos participantes do “evento”, além de 1 cinegrafista da TvBV.
Mesmo sob uma chuva fria a manifestação iniciou as 10h, com os manifestante se posicionando na esquina e à beira da rua de entrada do evento. Os 9 ativistas do Onca vindos de cidades do Paraná se uniram à integrantes da Ama Bichos, OBA (Organização Bem Animal) e outros voluntários da cidade ou vindos de Blumenau e de Florianópolis (Grupo Floripa – SVB), exibindo faixas e cartazes e entoando gritos de protesto: “Puxada: tortura!” e “Pomerode: vergonha!”.

Ativistas de todos os lados
Houve momentos em que aqueles que passavam em carros à caminho do evento fizeram xingamentos, gestos obscenos e palavrões e ainda uma ocasião em que um motorista ameaçou atirar o carro em cima dos manifestantes. Mas, por outro lado, o protesto recebeu um grande apoio de moradores locais e de outras pessoas e carros que seguiam em outra direção. Motoristas passavam buzinando, acenando positivo e parabenizando a ação. Um momento marcante foi quando um grupo de 14 ciclistas que vinham de Apucarana, no Paraná, passou pelo local, parou para apoiar a causa e pediu para tirar uma foto com as faixas e cartazes do grupo.

Passageiros dos veículos lendo as faixas
O protesto se estendeu sem interrupção pelo dia todo, e foi acompanhado pela emissora de televisão local da RIC Record, que entrevistou manifestantes e documentou as imagens das faixas e cartazes.

Organizadoras do protesto e ativistas
O trabalho foi encerrado às 17h30, quando a “competição” da puxada-de-cavalos já havia chegado ao fim. A viagem de volta ainda estava pela frente, mas os ativistas já estavam com a sensação do dever cumprido e na expectativa de que em breve esta crueldade seja banida do calendário de eventos desta cidade, ou que, enquanto isso não ocorre, que mais grupos e voluntários somem forças para protestar em favor dos animais não-humanos. Afinal, essa prática sádica e covarde é, tanto ética, quanto na própria legislação, reprovável.
A própria organização se queixa de que desde o ano passado têm reduzido bastante o número de freqüentadores do evento: “Esse ano tá meio fraco.”, disse um dos organizadores à repórter da RIC Record, que esteve no local.

Ativistas de Blumenau e Onca
“Na minha opinião eu acho que os cavalos estão sendo judiados.”, foi o juízo de uma espectadora entrevistada pela mesma reportagem.

Quem é violento com animais tende a ser violento com humanos

Diversos e exaustivos estudos comprovam a relação da violência e crueldade com animais e a insensibilização ou a agressividade para com outras pessoas. Ou seja: pessoas que exercitam ou se comprazem na crueldade com animais tendem a desenvolver também insensibilidade para com outros indivíduos.

Todos gritando pelo fim das puxadas
Aliás, uma prova aconteceu na própria manifestação do ano passado, quando ocorreu a agressão contra aqueles que realizavam um protesto pacífico e silencioso.



Reportagem feita pela RIC Record no dia:
Puxada de cavalos em Pomerode


Ativistas dando entrevista


LEI FEDERAL Nº 9.605/98
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção, de três meses a um ano e multa.

Ativista de Florianópolis exigindo o fim das puxadas.
[...]

§ 2º. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.


“A habituação ao sofrimento alheio torna a sociedade menos propensa a desenvolver relações harmoniosas com os animais e entre os seres humanos.”

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